A morte da morte que não morra aqui perto que não morra ao meu lado que não feda aqui no bairro que se dane lá longe que eu não veja que eu não escute que eu não sinta a mão fria a mão morta da morte da morte que se passa que se mata na mata virgem a virgem morte que não mata mas que se um dia mata e morra que morra longe de mim.
Final feliz que traz felicidade que foge fugaz como uma raposa vira triste o fim no fim de um filme ruim final triste final trágico que se acabe longe daqui que se ria longe de mim que não se chore aqui porque não quero ver sorriso não quero ver lágrima longe do fim no meu fim que inicia a morte da alegria da tristeza no fim de um filme ruim que passe que repasse que trespasse a carne e mata mas que morra longe mim.
Estouro da pistola que esfola que degola a cabeça que rola que sangra o sangue culpado que transforma a morte num espetáculo num receptáculo de dor que assola que devora quem sobrou quem matou sendo inimigo se consola sendo amigo se apavora e chora mas que sangre mas que role do outro lado longe do meu bairro que chore que ria que mate que morra longe de mim.
Se não escapo do riso do sorriso do choro do desconsolo da morte matada morte morrida que se passa todo dia como um filme ruim que não termina que se arrasta eu me arrasto e ando e corro e sangro e vivo a vida que foge todo dia pelo canto do olhar pelo canto noturno que escuto se não escapo porque estou vivo que um dia eu morro mas que morra longe de mim.
sexta-feira, setembro 01, 2006
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