terça-feira, novembro 28, 2006

Boemia

Acordou, olhou o teto branco

Onde a aranha preta

Se balança

Dança



Na mesa ao lado, garrafa vazia

De vinho tinto

Barato

Rato


Lençóis desalinhados, cabeleira solta

Da mulher ao lado

Prostituta

Puta


Cabeça pesada, cérebro latejante

De álcool que se esvai

De ressaca

Água


E o sol sempre nasce, o sol sempre morre

Todo dia, o dia todo

A lua às vezes vem cheia, às vezes vazia

Ilumina o copo, o corpo sem esboço

Bêbado

Cômico

Sorriso

Felicidade?


O ciclo, ciclovia

O mesmo vinho

A mesma sina


É noite, é hora.