segunda-feira, julho 23, 2007

Cenas da Vida Cotidiana


Num certo dia de inverno, chovia. Em outro dia, num dia particularmente quente, era verão, a cuca fervia. Mas, que importa? Tanto num, como noutro, bebia.


Matou o vizinho, antes de ficar completamente surdo. Matou o cachorro, já não suportava o bruto. Depois de tanto azedume, enterrou a cabeça na areia. Nunca mais o encontraram.


Tirou a camisa. Tirou o calção. Abaixou-se. Cagou no chão. Pira pirá pirou.


Ressaca. Água. Cagada. Fede pra caralho. Banho frio. Freezer. Cerveja gelada. Cerveja gelada. Cerveja gelada. Garrafa vazia. Chão. Ressaca.

Não era tão dado aos esportes. Jogava mal pra burro, sempre o último a ser escolhido para o time, isso quando o escolhiam. Cresceu, virou árbrito. Ah, sim, aceita proprina.


Uma. Duas. Três. Quatro. Cinco mulheres. Todas peladas. Morreu inexplicavelmente com um sorriso no rosto.

Banana pra vender. Banana pra foder. A vendedora de banana assim leva a vida.


Um dia vi o Bob. Vi também o Zumpa. Vi o Marça. Vi o Nando. Todos juntos, cantamos uma canção: o Bob não é criança não.


Não havia absolutamente nada a fazer. Resolveu beber. Se embebedou. Foi ao Zoológico. Sentou com os macacos. Conversou com os micos. Descobriu o sentido da vida. Chegou em casa. Cagou com enorme satisfação.


Comprou o ingresso de sua banda favorita. Chance única na vida. Tão feliz estava no dia, que bebeu, no intuito de ficar ainda mais feliz. Bebeu e bebeu, e ao sair de casa, caiu no chão. Vomitou. Perdeu o show. Teve a pior ressaca da vida.


Uma hora estava em um lugar, outra hora estava em outro. Não ficava quieto um instante. Resolveu correr. Tropeçou e caiu.


Achava que era uma bolinha de borracha. Rolava pelos cantos. Um dia, se cansou. Resolveu ser um inseto. Morreu com uma maçã podre cravada nas costas.


Família sentada na mesa. O pai, a mãe, a filhinha, o filhinho. E então, como um raio, não mais que de repente, o filhinho solta: “Paiê, o que é Suruba ein?”


Era um incendiário irremediável. Na ânsia de ver tudo queimar, tocou fogo no próprio pau. Hoje, pode ser visto em megaproduções pornográficas.


Era tão tarado, mas tão tarado, que tentou comer o próprio cu.


AH ANH ANH, UH, OH, HMMMMMM, UAAAAAAAHHHHHHHHHH, gozeeei.”