quinta-feira, fevereiro 21, 2008

Tranqüilidade da Alma


"Pois o cético, tendo começado a filosofar com o objeto de decidir acerca da verdade ou falsidade das impressões sensíveis de modo a alcançar com isso a tranqüilidade, encontrou-se diante da eqüipolência nas controvérsias, e sem poder decidir sobre isto, adotou a suspensão, e, em conseqüência da suspensão seguiu-se, como que fortuitamente, a tranqüilidade em relação às questões de opinião. Pois aqueles que mantêm uma opinião sobre se algo é por natureza bom ou mau estão sempre perturbados. Quando se encontram privados daquilo que consideram bom, sentem-se afligidos por algo naturalmente mau e passam a buscar aquilo que pensam ser bom. E ao obter isso sentem-se ainda mais perturbados, já que ficam contentes de forma irracional e imoderada e passam a recear que as coisas mudem e percam aquilo que pensam ser bom. Mas, ao contrário, aqueles que não determinam serem as coisas naturalmente boas ou más, não as evitam nem as buscam avidamente, e, por isso, não se perturbam."

Sexto Empírico, Hipotiposes.

3 comentários:

Nando Oliveira disse...

A foto e o texto estão tão perfeitos, que minha insignificância em comentá-los sai pela tangente, para atentar apenas para a resurreição do falecido trema, usado na palavra "tranquilidade".

(É tão raro isso que nem consegui localizá-lo no meu teclado)

=)

Anônimo disse...

fojewfçoeiwjfçewoijfewçfoiewje...
AAAAAAAAAAAH!
Gozei.

Otávio disse...

pobre do trema, esse incompreendido símbolo...